terça-feira, 20 de novembro de 2012

De um grassar estético...


<<o belo nos dias de hoje. 001>> 





a infinitude do finito: ficar esperando na porta do prédio enquanto o porteiro fala sorrindo doçuras sacanas para qualquer amor digno que possa ser o dele, de sua esposa ou amante, filha ou farsante, desse sorriso que esquece o dever, a profissão, sem aspas, ele abre a portinhola e sorri ainda dizendo desculpa, e eu, que é isso, é com carinho que se tratam os queridos, (tanto a sua quanto a porta, que não fechava se batia com força, era com jeito), e logo indo a padaria, pensando que as sacanagens era para prostituir seu desejo de qualquer coisa, isto é, receber carinho pela sua ausência de atenção com o dever, pensara depois, logo constrangeu-me todos os movimentos, pois não sabia mais como agir quando as ações eram tão repetitivas diante das pessoas, como pedir um pãozinho, 10 pães de queijinho e se não tinha aquele mini-briochinho, de trancinha, que por já ter visto que não tinha ainda pergunta e não entendem, vai ao caixa e quantas vezes já o foi e falou bona notte, boa, como vai, estamos aí, vamos indo, tudo sob controle, tudo certo, vamos levando, aquela coisa toda, muito obrigado, valeu, tá valendo, beijos, abraços, tchau.






quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Para Gui, con amor

Soñaba para mis adentros: camino por la noche por la calle
Joachim-Stal iluminada. En mitad de la calle, gritaría ensimismado:
"Busco a un amigo a quien pueda hablar y a quien pueda querer"
Los transeúntes que pasen en ambas aceras, despectivos, me
dedican una sonrisa irónica. El eco de mis palabras rebota en
las casas, resuena de calle en calle. Un proverbio ruso dice:
¿Lejanía, hay un hombre oculto en tí?.

                                                                                                                                Oscar Schlemmer

esboço


Teria escrito outras cartas,
mas esta, que escrevo no ônibus,
me apaixona.
Além do calor, em buenos aires 
há também um clima apocalíptico.
Enquanto viajava de trem pensava
nisso que muitas  vezes é criado
tentando salvar à vida do corpo,
a imundície que todos temos.
Querer que todo sempre se termine, 
que todo acabe ao fim de uma
vez para sempre 

[-¡esto así no puede seguir!]

Esse esgotamento é do corpo?
Esse esgotamento soporta o quê?

[acerca de la pena en ...Zarathustra]

O abandono, deixar do lado aquilo que é desnecessário de ser habitado,
aquilo que é preciso quebrar para puder sobreviver:
sobreviver é quase uma acção: 
comtempla várias acções, mas sempre fica
imitando uns certos comportamentos, 
uns certos hábitos

[-¡qué mal que estamos!]

Ainda, numa outra hipótese,
sobreviver é uma reacção 
ao próprio corpo
na ilusão daquilo que
se resiste.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Masturbación con chilli de los muertos









e achava que amava demais
e agora não ama ninguém


(querer ser arrebatado)


não sabe não ser amado

nem consegue estar com alguém meio amando
idealiza ou teme?
o que realmente sente?

procura, enseja, vê-se em total desterro


(amores brigam no dia de finados)

una casa enorme
ansiedad
ansiedad
 ansiedad

miro por la rendija de la puerta
no tiene llave,

puedo ver una cama
y dos hombres tendidos sobre ella
duermen plácidamente
son bebés sin saberlo
los veo

corro mi ojo puesto que me da pudor saberme indiscreta
e invento
que soy alguien en el sueño destinado a observar
y empiezo a ver cada cosa que hay
por cualquier parte
y veo

soy una pequeña canción que un niño susurra
no tiene letra
las inventa
y la podemos entender entre los dos

se arma una pequeña posión
de nuestras salivas al murmurar
la música alcanza notas de color
en las plantas

deseo otra vez la mirilla y ver
ver que hay detrás
y hay almohadones gigantes
con patos adentro
que salen en filas dispares

el niño se rie de mí
y habla por primera vez
y no se entiende lo que dice
en el eco que todo nos devuelve
somos vistos

...